domingo, 5 de julho de 2009

Battlestar Galactica – a melhor série Sci-Fi de todos os tempos

Depois de muitos meses, eu finalmente terminei de ver Battlestar Galactica. Sei, é totalmente injustificável, mas os últimos meses foram um inferno de trabalho e mudanças na minha vida e só agora tive tempo, então…

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Que fique claro, pois vou dizer só mais uma vez: BSG é a melhor série de sci-fi de todos os tempos. Como toda ficção que se preze, o elemento “sci” serve apenas de pano de fundo para criar uma realidade paralela a nossa, onde podemos nos ver como pessoas e como sociedade de uma maneira tão diferente que as semelhanças nos saltam os olhos.

Claro que uma série com mais de 100 episódios tinha que ter pontos altos e baixos. Mas cada ponto alto do programa foi um presente que recebemos. Uma obra prima que merece o culto que tem. Mas o que fez essa série assim tão especial ? Vejamos:

1. A produção

Impecável. A começar pelas cenas no espaço “filmadas" ao estilo documentário, como se alguém tivesse uma câmera na mão tentando captar toda a velocidade e fúria de combates alucinantes. Os produtores souberam usar CGI de uma forma criativa para contar a história.

Outro ponto que desde o primeiro episódio me deixou deslumbrando foi o cuidado com os detalhes, numa direção de arte primorosa. Telefones velhos nas comunicações da nave, áudio distorcido entre a Galactica e os vipers, aparência de sucata de tudo a bordo, logomarcas, insígnias, uniformes, enfim tudo, até o detalhe de todas as folhas de papel terem os cantos cortados demonstram que a “forma” e não só o “conteúdo” dessa série merecem destaque. Mas falando em conteúdo...

2. A história

A humanidade é devastada pelo fruto da sua própria ciência. O argumento original já fazia referência ao Mito de Prometeu e de como as 12 colônias tinham sido destruídas pela sua arrogância frente ao conhecimento. Além disto, fazia referência clara ao clássico “Eram os Deuses Astronautas ?”, e ainda a muitas mitologias e principalmente a religião. Apesar da presidente Roslin poder ser comparada a Moisés, o melhor paralelo se traça com o profeta Lehi, que após uma visão da destruição de Jerusalém consegue deixar a cidade com a sua família antes da desgraça. Essa ligação entre ficção e religião pode ser melhor entendida neste post em português e neste em inglês.

Uma história com tantos subtextos já teria força suficiente para andar, mas a série ainda tem mais. Os personagens. Afinal, o que valeu mesmo em BSG e a tornou única foi o fato disso toda a história ser o pano de fundo para personagens fantásticos, extrapolando a todo momento a excencia imperfeita do ser humano. Escrever uma texto onde os “mocinhos” usam homens-bomba e armas biológicas e mesmo assim nos fazer torcer por eles não deve ser fácil, mas foi exatamente isso que aconteceu.

Por todos esses momentos únicos que tive ao assistir BSG, me senti na obrigação de retribuir da melhor forma possível com esse post e abrir para comentários de quem mais se sentiu privilegiado por ter tidos esses momentos.

So Say We All.